O conceito de indústria cultural, imprescindível para o entendimento da centralidade dos meios de comunicação nas sociedades contemporâneas, remete aos estudos canadenses, também conhecidos pela formulação da teoria do meio.
Robert Park é um dos maiores expoentes da Escola de Chicago, corrente de estudos que reconheceu e se dedicou a compreender a importância do jornalismo como forma de conhecimento.
Os estudos culturais, que surgiram com o objetivo de refletir sobre as transformações culturais operadas pelos meios de comunicação na Inglaterra após a Segunda Guerra Mundial, diferenciam-se de outras tradições de pensamento por repudiarem os ideais de herança marxista em suas formulações teóricas.
Diferentemente da tradição dos estudos de comunicação, concentrada na análise de conteúdo das mensagens emitidas pelos meios de comunicação, McLuhan propõe os meios em si como chaves interpretativas, isto é, segundo o autor, o meio é a própria mensagem a ser entendida.
Nos Estados Unidos da América, as questões-programa — Quem diz o quê? Em que canal? Para quem? Com que efeitos? —, apresentadas por Harold Lasswell, configuram uma das primeiras respostas científicas ao fenômeno da comunicação, que irrompeu naquele país no início do século XX.