Questões da Prova do - UPENET/IAUPE (2017)

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A acondroplasia é a causa mais comum de nanismo em humanos. É um distúrbio causado por mutações específicas no gene do receptor 3 do fator de crescimento do fibroblasto (gene FGFR3). A ativação constitutiva desse gene inibe inadequadamente a proliferação de condrócitos na placa de crescimento, acarretando o encurtamento dos ossos longos, assim como a diferenciação anormal de outros ossos. Indivíduos acondroplásicos são heterozigóticos Dd, e pessoas normais são dd. O alelo D em homozigose leva à morte ainda no período embrionário. No mundo, a frequência do alelo D é baixa em relação ao alelo d. Pais normais podem gerar uma criança acondroplásica por mutação nova.

Fontes: http://www.minhavida.com.br/saude/temas/acondroplasia (Adaptado) https://saude.umcomo.com.br/artigo/o-nanismo-ehereditario-21253.html


Sobre isso, é CORRETO afirmar que

  • A a frequência do alelo d é maior que a do alelo D na população mundial, pois a ação da seleção natural sobre o alelo FGFR3 mutado não é suficiente para suplantar o surgimento de mutações recorrentes no mesmo sítio, nas populações humanas.
  • B para que o indivíduo apresente o fenótipo normal, faz-se necessária a presença de dois alelos FGFR3 mutados, pois a inativação do gene inibe a proliferação dos condrócitos na placa de crescimento.
  • C em relacionamentos nos quais um dos genitores é afetado por acondroplasia, o risco de recorrência em cada criança é de 25%, pois a acondroplasia é um distúrbio autossômico dominante, visto haver mais homens acondroplásicos que mulheres.
  • D em relacionamentos nos quais ambos os genitores apresentam estatura normal, a probabilidade de nascer uma criança de estatura normal é de 50%, pois a acondroplasia é um distúrbio autossômico recessivo.
  • E em relacionamentos, em que ambos os genitores são afetados por acondroplasia, a probabilidade de ocorrer um abortamento é de 25% por causa da letalidade, na qual os dois alelos FGFR3 mutados, DD, são necessários para causar a morte.

O tema de um texto pode ser indicado pelo seu título. Outro título para o Texto 1 que sintetiza as ideias nele apresentadas é:

  • A O livro digital nos faz leitores piores?
  • B As redes sociais não produzem leitores críticos
  • C As consequências do excesso de tempo on-line
  • D Por que os jovens de hoje desenvolvem menos conexões neurais?
  • E Leitura na era digital: tempo de mudança e adaptação

José e Maria possuíam serpentários autorizados pelo Ibama. Discutiam sobre o padrão de pigmentos da cobra do milharal, observado na figura a seguir:
Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas Fonte: http://animais.culturamix.com/informacoes/repteis/cobra-do-milho-informacoes-importantes

Para descobrir o padrão e a quantidade de genes implicados, eles realizaram cruzamentos e obtiveram os seguintes resultados:
Cruzamento 1 Cruzamento 2 Cruzamento 3 Laranja X Albina Preta X Albina Preta X Laranja F1 Laranja F1 Preta F1 Selvagem F2 3/4 Laranja F2 1/4 Albina F2 3/16 Preta 3/16 Laranja 1/16 Albina
Sobre a análise dos cruzamentos, assinale a alternativa CORRETA.

  • A Nos cruzamentos 1 e 2, há indicativo da existência de um gene controlando o caráter cor preta B e laranja O que domina o padrão albino i, indicando ser um caso de polialelia.
  • B Nos cruzamentos 1 e 2, há indicativo da existência de um gene controlando o caráter cor preta B e laranja O que domina o padrão albino i, indicando ser um caso de polialelia.
  • C O cruzamento 3 é fundamental para avaliar a hipótese de alelismo múltiplo ou interação gênica, pois a proporção da F2 indica se tratar de dois genes B e O, que se complementam de forma não epistática.
  • D Trata-se de interação gênica epistática para os cruzamentos realizados, pois a proporção 9:3:3;1 é mantida; assim, são dois genes, B e O, controlando apenas dois caracteres, enquanto na proporção mendeliana clássica, também são dois genes, porém são três os caracteres considerados.
  • E Trata-se de um caso de pleiotropismo para todos os cruzamentos, nos quais um único gene controla mais de um caráter. Dessa forma, o gene B é suficiente para determinar presença ou ausência de pigmentação.

Compreender um texto envolve o acionamento de diversas habilidades e competências, dentre as quais está a apreensão de sentidos que ficam "escondidos" nas entrelinhas. No caso do Texto 1, por exemplo, o leitor deve compreender que:


I. com a comparação presente no trecho: "Meus olhos passam pelas palavras como se fossem ondas que se quebram e somem." (1º parágrafo), o autor pretendeu transmitir como percebe a superficialidade da sua atividade de leitura.


II. ao afirmar: "Não somos mais mergulhadores. Viramos surfistas" (2º parágrafo), o autor corrobora sua opinião de que, atualmente, as pessoas têm lido apressadamente, com pouca ou nenhuma reflexão sobre os sentidos veiculados nos textos.


III. o autor se identifica e concorda com a crítica feita por Maryanne Wolf, posição que está claramente expressa no trecho: "Grande parte dos cientistas ainda acha cedo para chegar a conclusões irrefutáveis. Estou com essa turma." (7º parágrafo).


IV. no trecho: "No caso da leitura na era digital, aposto todas as minhas fichas no equilíbrio. Eventualmente, aprenderemos a lidar com essa nova forma de consumir informações." (9º parágrafo), o autor faz projeções otimistas para o que acredita ser o futuro da leitura.


Estão CORRETAS:

  • A I, II e III, apenas.
  • B I, II e IV, apenas.
  • C I, III e IV, apenas.
  • D II, III e IV, apenas.
  • E I, II, III e IV.

Em 1997, os biólogos Keith Campbell e Ian Wilmut apresentaram ao mundo a ovelha Dolly. Com ela nasceu uma revolução científica e social; vinte anos se passaram, e a clonagem ainda suscita opiniões conflitantes. O grande impacto de Dolly foi a descoberta de que uma célula somática diferenciada poderia ser reprogramada ao estágio inicial e voltar a ser totipotente. O processo não é fácil. Dolly só nasceu após 276 tentativas, que fracassaram. Além disso, dos embriões obtidos, 90% não alcançaram nem o estágio de blastocisto. Em teoria, uma clonagem humana reprodutiva é possível, no entanto suas implicações éticas suscitaram seu banimento pela maioria dos cientistas. Em contrapartida, a clonagem terapêutica, que se utiliza da mesma técnica de transferência nuclear de uma célula adulta para um óvulo enucleado, objetiva formar tecidos e órgãos para transplantes e, por esse motivo, é menos conhecida e discutida. Fonte: https://brasil.elpais.com/brasil/2017/02/21/ciencia/1487674345_626879.html> (Adaptado)
Sobre isso, é CORRETO afirmar que

  • A apesar de o DNA ser igual em todas as células de um indivíduo, os genes, nas células somáticas diferenciadas, se expressam de forma distinta para cada tecido. É espantoso ver uma célula adulta ser transformada em célula embrionária, capaz de se desenvolver e dar lugar às outras células do corpo do organismo clonado.
  • B em mamíferos logo após a fecundação, a célula resultante da fusão dos gametas começa a se dividir e, pelo menos até a fase de 16 células pluripotentes, cada uma delas é capaz de se desenvolver em um ser clonado completo, cada qual com um DNA distinto.
  • C indivíduos com doenças genéticas podem utilizar a clonagem terapêutica para melhorar seu quadro clínico; no entanto, o núcleo das hemácias para formar as células-tronco embrionárias só poderá ser do paciente, objetivando evitar a rejeição de um transplante, uma vez que o DNA doado por outra pessoa é incompatível.
  • D na fase de blastocisto, o embrião humano encontra-se implantado na cavidade uterina. As células externas do blastocisto, chamadas células-tronco embrionárias totipotentes, vão originar as centenas de tecidos com todos os genes ativos que irão compor o organismo clonado.
  • E no caso de uma clonagem humana reprodutiva, seria possível descartar o núcleo de uma célula germinativa, inseri-lo no citoplasma de um espermatozoide e, então, colocá-lo em um óvulo para posterior implantação do embrião.