Questões de Desigualdades de raça, classe e gênero (Sociologia)

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A pobreza e a extrema pobreza têm efeitos terríveis para a dignidade das pessoas e, no caso de crianças e adolescentes, trazem consequências irreparáveis. A situação compromete irreversivelmente seu desenvolvimento, condenando-os ao estado perpétuo de vulnerabilidade. Crianças criadas em um ambiente de privação e violência não conseguem crescer, estudar e trabalhar, o que dificulta que se tornem adultos independentes, perpetuando o ciclo de pobreza.
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A partir da análise do gráfico e dos estudos sobre a desigualdade social no Brasil, podemos concluir que:
  • A O curto período de melhora nos indicadores da pobreza compreendeu uma política de descontrole de gastos públicos e baixo crescimento econômico o que levou ao seu insucesso.
  • B Tivemos um breve ciclo de diminuição da pobreza que não se sustentou ao longo dos anos em razão, principalmente, do alto custo das políticas de distribuição de renda e a ausência de políticas redistributivas.
  • C A pobreza no Brasil a partir de 2003 experimentou um ciclo de declínio que durou mais de dez anos, sendo tal fato atribuído ao crescimento econômico e às políticas de distribuição de renda, além da valorização do salário mínimo.
  • D A diminuição da pobreza é explicada pela combinação e soma de diversas ações governamentais, com destaque para a adoção de políticas macroeconômicas de controle das contas públicas e austeridade fiscal aliadas à valorização do salário mínimo.
  • E O gráfico apresenta que, apesar da diminuição da pobreza ao longo dos anos, o número de pobres ainda representa mais de 15% da população, e que as políticas sociais implantadas no período, em especial os programas de transferência de renda, como o programa Bolsa Família, não resolveram o problema.

Para as ciências sociais, hoje, de modo geral, o que se chama de heteronormatividade está fundamentado por práticas e discursos ainda hegemônicos na sociedade brasileira quanto às questões ligadas à sexualidade. A normatividade heterossexual traz a lógica do binarismo dos corpos: homem-mulher, e tudo que é diferente disso é considerado “anormal”, “não natural”, “pecaminoso”. Essa normatividade ao tratar, por exemplo, como “anormais” todos os grupos de pessoas que, por vezes, não se enquadrem ou se identifiquem nessa sexualidade binária hegemônica gera, por vezes, preconceitos, exclusões e repressões.
Considerando o exposto, conclui-se que, atualmente,

  • A espaços de formação social, como as escolas e as congregações religiosas no Brasil, procuram produzir discursos não excludentes sobre a sexualidade.
  • B a heteronormatividade gera discursos, mas não exerce vigilância ou controle sobre os corpos e suas sexualidades, independente se normais ou anormais.
  • C a sexualidade heteronormativa é definida por um conjunto de práticas e de discursos sobre os corpos que delimitam o que é e não é “normal” ou “natural”.
  • D a sexualidade é um dado da natureza, e não uma criação sociocultural, pois não pode ser inventada por práticas e discursos sobre os corpos e suas relações.

Na história recente do Brasil, quando a juventude é tida como problema social, ela apareceu na figura do perigo, do risco ou da regressão às drogas, à promiscuidade e à violência. De modo esquemático, pode-se dizer que tais imagens sobre a juventude foram usadas como motes e justificativas de muitos programas socioeducativos, de leis, de ações do Terceiro Setor – as organizações não governamentais (ONGs) – e de fundações empresariais em áreas ditas como “vulneráveis” desde os anos 1990. Contudo, existe uma outra concepção sobre a juventude que a encara como sujeito social capaz de refletir e decidir sobre sua ação, ter posicionamentos acerca das mais diversas questões sociais e ser protagonista, contribuindo para o crescimento pessoal e da sociedade. Essa concepção deve melhor fundamentar e reformular ações, projetos de leis e programas, privados e públicos, para as juventudes das áreas “vulneráveis”, principalmente, e que possa pensar esses jovens como cidadãos ativos e participativos.
Acerca do exposto, marque a alternativa correta.

  • A A medida socioeducativa de internação, prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente, está embasada na perspectiva da juventude como protagonista.
  • B Um projeto exemplar embasado na concepção de juventude como sujeito social é o das Unidades de Polícia Pacificadora nas comunidades cariocas.
  • C A imagem do jovem como problema, a juventude perigosa no Brasil, aparece como importante elemento para projetos de lei de redução da maioridade penal.
  • D A concepção de juventude como risco está nos programas da Rede Cuca de Fortaleza que incentivam a mobilização dos jovens para a arte e a comunicação.

Conforme Reginaldo Pranti, historicamente, as religiões afro-brasileiras se fizeram sincréticas, estabelecendo paralelismos entre divindades africanas e santos católicos, adotando o calendário de festas do catolicismo, por exemplo, e valorizando a frequência aos ritos e sacramentos da Igreja Católica. Assim aconteceu com o Candomblé e a Umbanda, religiões que eram proibidas e reprimidas pelo Estado brasileiro até os 1930 e, por isso, duramente perseguidas por órgãos oficiais. Atualmente, os membros de tais religiões continuam a sofrer agressões, hoje menos da polícia e mais por pessoas, grupos e congregações ligadas ao cristianismo no Brasil. Como exemplo, na cidade do Rio de Janeiro, em junho de 2015, uma menina de 11 anos levou uma pedrada na cabeça ao sair de um culto de Candomblé com familiares e amigos. Segundo relatos de testemunhas, os agressores levantaram a Bíblia cristã e gritaram: "diabo", "Vai para o inferno”, “Jesus está voltando”. Ainda, de janeiro de 2018 a abril de 2022, segundo dados da Polícia Civil do Distrito Federal, foram registradas 55 ocorrências criminais tipificadas como intolerância religiosa, e 70,9% estão relacionadas a ofensas dirigidas a fiéis de cultos afro-brasileiros. E isso pode refletir nos censos estatísticos da população brasileira. O número de pessoas que se consideram membras dessas religiões é extremamente irrisório. No Censo do IBGE de 2010, apenas 0,3% de toda a população recenseada (na época de 195,7 milhões de pessoas) se manifestou como pertencentes ao segmento religioso afro-brasileiro.
Considerando o enunciado anterior, avalie as seguintes afirmações.
I. A intolerância religiosa se direciona às antigas religiões dos Orixás devido aos seus mitos e ritos originários terem sido deturpadores do cristianismo no país. II. Mesmo atualmente, quando a liberdade de escolha religiosa é garantida pela Constituição Federal, os membros de religiões de terreiro sofrem repressão. III. Uma possível explicação para que as religiões afrobrasileiras apareçam subestimadas nos censos oficiais do Brasil é justamente pela intolerância.
É correto o que se afirma em

  • A I e II, apenas.
  • B II e III, apenas.
  • C III, apenas.
  • D I, apenas.

A atual sociedade brasileira se defronta, de forma corriqueira, com situações de racismo, de preconceitos, de discriminações e de violências contra mulheres, negros, indígenas, pessoas com deficiência, pessoas trans e pobres. Para que se possa combater tais situações, um dos caminhos é através da educação formal, uma educação que tome justas e eficientes posições, que adote certas práticas pedagógicas e seja orientada por valores e por princípios que possam combater os mais diversos tipos de discriminações e de preconceitos e que promova o respeito e o cultivo aos Direitos Humanos e à cidadania.
Partindo do exposto, avalie as seguintes proposições.
I. Os projetos pedagógicos que promovem igualdade racial devem se deter com exclusividade à comunidade escolar interna, que envolve alunos e professores. II. Estudantes negros, indígenas, com deficiência e gays devem ter cuidados especiais à parte nas escolas, como ter turmas e salas próprias. III. Em escolas indígenas, o ensino que privilegia tanto as línguas nativas, como a língua portuguesa, garante o cultivo das tradições e a inserção na cidadania. IV. Para as pessoas com deficiência, é necessária a criação de escolas destinadas apenas para elas com rampas de acesso e professores de Libras.
É correto o que se afirma em

  • A I e IV, apenas.
  • B II e III, apenas.
  • C IV, apenas.
  • D III, apenas.