A Inglaterra é, apesar de tudo, a pátria-mãe, dizem alguns. Sendo assim, mais vergonhosa resulta sua conduta, porque nem sequer os animais devoram suas crias, nem fazem os selvagens guerra a suas famílias; de modo que esse fato volta-se ainda mais para a condenação da Inglaterra [...] este novo continente foi asilo dos amantes perseguidos da liberdade civil e religiosa [...] a mesma tirania que obrigou os primeiros imigrantes a deixar o país segue perseguindo seus descendentes. (Thomas Paine. Senso comum. Em: Leandro Karnal e outros. História dos Estados Unidos: das origens ao século XXI. São Paulo: Contexto, 2007. p. 85.)
O texto é parte de um panfleto escrito por Thomas Paine, em 1776, um ativista político, grande divulgador de ideias anticoloniais. Dentre as várias razões apontadas como motivações que levaram à eclosão da luta pela Independência das colônias da América do Norte, podemos apontar:
- A A exigência por parte da Metrópole Inglesa de que a base da mão de obra colonial continuasse escrava nas treze colônias.
- B A insatisfação geral da população colonial com as exigências e influências da Metrópole Britânica, materializada em leis e pressões extremas.
- C A criação de companhias de comércio para finalmente poder concretizar o comércio triangular, mas que favoreciam apenas as metrópoles europeias.
- D A desigualdade social, que era característica da sociedade inglesa, mas não se adequava à nova realidade do “Novo mundo” e provocava conflitos de toda sorte.
- E O grande contingente de indivíduos “indesejados” pela elite colonial inglesa: órfãos, mulheres solteiras pobres, camponeses sem terra e muitos trabalhadores urbanos pobres.