Questões de Pré-História Brasileira: Legado de povos nativos (História)

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Relatório da ONU de 2021: povos indígenas e comunidades tradicionais são os melhores guardiões das florestas da América Latina e do Caribe
     As taxas de desmatamento na América Latina e no Caribe são significativamente mais baixas em áreas indígenas e de comunidades tradicionais onde os governos reconhecem formalmente os direitos territoriais coletivos. Melhorar a segurança da posse desses territórios é uma maneira eficiente e econômica de reduzir as emissões de carbono. Essa é uma das principais conclusões do novo relatório “Povos indígenas e comunidades tradicionais e a governança florestal” da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e do Fundo para o Desenvolvimento dos Povos Indígenas da América Latina e do Caribe (FILAC). Entre outros resultados, o documento mostra que a taxa de desmatamento dentro das florestas indígenas onde a propriedade da terra foi assegurada é 2,8 vezes menor do que fora dessas áreas na Bolívia, 2,5 vezes menor no Brasil e 2 vezes menor na Colômbia. (Novo Relatório da ONU: povos indígenas e comunidades tradicionais são os melhores guardiões das florestas da América Latina e do Caribe. As Nações Unidas no Brasil.)
Especificamente no que diz respeito aos povos indígenas do Brasil, principalmente em relação à demarcação de terras:
  • A Estamos passando por uma ampla burocracia e por interesses diversos, sendo a demarcação de terras o pivô de muitas disputas por território no país.
  • B A aprovação da demarcação fica a cargo exclusivo da FUNAI (Fundação Nacional do Índio), embora precise ter o aceite unânime da comunidade local.
  • C Cabe ao Presidente da República efetuar o reassentamento de indígenas, desde que comprovada a ancestralidade e a disponibilidade de terras devolutas.
  • D Acompanhando o cenário do restante da América Latina, o Brasil reconheceu por todo o território, plena e formalmente, os direitos de propriedade coletiva de seus indígenas.

O etnólogo Curt Nimuendaju assinalou em seu mapa etno-histórico a existência de cerca 1400 povos indígenas no território que correspondia ao Brasil do descobrimento.

A respeito das sociedades indígenas que habitavam o território americano correspondente ao Brasil, na primeira metade do século XVI, assinale a afirmativa correta.

  • A Pertenciam a grandes famílias linguísticas, como os tupi-guarani, jê, karib, aruák, entre outros, com diversidade geográfica e de organização social.
  • B Em toda a costa encontravam-se os tapuias, ao passo que os guaranis povoavam o vale amazônico, onde dividiam o território com grupos da família aruák.
  • C As sociedades tupis, com quem os portugueses entraram em contato, eram nômades e praticavam o canibalismo, motivo pelo qual houve vários confrontos.
  • D Os povos indígenas foram descritos de modo fidedigno pelos cronistas coloniais, o que permitiu conhecer suas visões de mundo e o significado cultural de suas tradições.
  • E A necessidade dos portugueses de estabelecer alianças militares com grupos indígenas contribuiu para identificar genericamente os índios aliados como “tapuios”.
As sociedades indígenas Tupi que ocupavam o território brasileiro apresentavam características organizacionais específicas. Assinale a alternativa correta em relação a como essas sociedades se organizavam.
  • A Os grupos tupis praticavam a caça, a pesca, a coleta de frutas e a agricultura e migravam temporária ou definitivamente para outras áreas
  • B Os tupis se caracterizavam essencialmente como a única sociedade indígena nas terras baixas que não era seminômade
  • C Os tupis organizaram um grande sistema político centralizado no litoral brasileiro, sendo considerado pelos europeus como uma forma de Estado legítima
  • D Os tupis eram a sociedade, em números, de menor representatividade na América portuguesa

Analise a imagem e leia o texto a seguir:

Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

“Em uma de suas Aulas-Espetáculo, o escritor Ariano Suassuna apresentou o cartaz de uma exposição comemorativa que dizia: "Arte no Brasil: uma história de cinco séculos". Em sua opinião, a frase é preconceituosa por só considerar arte brasileira o que foi feito depois da chegada dos portugueses. E para mostrar o equívoco da mensagem, exibiu uma foto da Pedra do Ingá – considerada por ele o primeiro documento de comunicação do Nordeste e uma das esculturas mais importantes do país”.

LEITE, Sylvia. Pedra do Ingá: arte brasileira com muito mais de 500 anos.

Disponível em: https://www.fundaj.gov.br/index.php/educacao-contextualizada/9795-pedra-do-inga-arte-brasileiracom-muito-mais-de-500-anos. Acesso em: 07 ago. 2020


Sob a perspectiva historiográfica acerca do Brasil pré-cabralino, a imagem e o texto representam

  • A obras de antigos sacerdotes euroasiáticos.
  • B relatos orais da comunicação na pré-história brasileira.
  • C signos que são estudados exclusivamente por ufólogos e místicos.
  • D inscrições abstratas que atestam a cultura de povos paleolíticos no Brasil.
  • E símbolos pictográficos de fácil identificação por arqueólogos e historiadores.

“Mandioca, mandioca-mansa, macaxeira, aipim e vários outros nomes no Brasil. Existem muitas formas para designar a espécie Manihot esculenta, que produz uma raiz rica em amido e foi domesticada há cerca de 9 mil anos. Estudos genéticos e arqueológicos indicam que isso ocorreu na região do Alto Rio Madeira, no atual estado de Rondônia.” Disponível em: https://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-agrarias/forma-mais-popular-da-mandioca-e-consumida-ha-9-mil-anos/ Acesso em: 07 ago. 2020.
Com base no texto, uma característica da economia agrícola no Brasil pré-cabralino foi a

  • A aculturação com a chegada dos europeus.
  • B associação a práticas exclusivas de extrativismo e coleta
  • C seleção e o cruzamento de diversos grãos no início do século XIX.
  • D ligação aos movimentos humanos ao longo dos rios amazônicos.
  • E aparição de grupos autóctones reivindicando os excedentes da produção.