Questões de Zabala (Pedagogia)

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“Expressada de forma muito sintética (...), a aprendizagem é uma construção pessoal que cada menino e cada menina realizam graças à ajuda que recebem de outras pessoas. Esta construção, através da qual podem atribuir significado a um determinado objeto de ensino, implica a contribuição por parte da pessoa que aprende, de seu interesse e disponibilidade, de seus conhecimentos prévios e de sua experiência. Em tudo isto desempenha um papel essencial a pessoa especializada, que ajuda a detectar um conflito inicial entre o que já se conhece e o que se deve saber, que contribui para que o aluno se sinta capaz e com vontade de resolvê-lo, que propõe o novo conteúdo como um desafio interessante, cuja resolução terá alguma utilidade, que intervém de forma adequada nos progressos e nas dificuldades que o aluno manifesta, apoiando-o e prevendo, ao mesmo tempo, a atuação autônoma do aluno. É um processo que não só contribui para que o aluno aprenda certos conteúdos, mas também faz com que aprenda a aprender e que aprenda que pode aprender. Sua repercussão não se limita ao que o aluno sabe, igualmente influi no que sabe fazer e na imagem que tem de si mesmo.”
ZABALA, Antoni. A prática pedagógica: como ensinar. Porto Alegre: Artmed. 1998, p. 63.
A partir do excerto, pode-se afirmar que, nas sequências didáticas que se proponham a seguir o que foi indicado no texto, será necessário incluir:

  • A Atividades que permitam identificar os conhecimentos prévios dos alunos; que sejam significativas para eles, adequadas ao seu nível de desenvolvimento e desafiadoras; capazes de provocar um conflito cognitivo na atividade mental dos estudantes; motivadoras e estimuladoras da autoestima, além de favorecerem as habilidades voltadas ao aprender a aprender, no sentido de um desenvolvimento cada vez maior da heteronomia.
  • B Atividades que permitam identificar os conhecimentos prévios dos alunos; que sejam significativas para eles, adequadas ao seu nível de desenvolvimento e desafiadoras; capazes de colocar os alunos em contínua dissonância cognitiva; motivadoras e estimuladoras da autoestima, além de favorecerem as habilidades voltadas ao aprender a aprender, no sentido de um desenvolvimento cada vez maior da autonomia.
  • C Atividades que permitam identificar aquilo que os alunos precisam aprender; que sejam significativas para eles, adequadas ao seu nível de desenvolvimento e desafiadoras; capazes de tornar plácida a atividade mental dos estudantes; motivadoras e estimuladoras da autoestima, além de favorecerem as habilidades voltadas ao aprender a aprender, no sentido de um desenvolvimento cada vez maior da heteronomia.
  • D Atividades que permitam identificar os conhecimentos prévios dos alunos; que sejam significativas para eles, adequadas ao seu nível de desenvolvimento e desafiadoras; capazes de provocar um conflito cognitivo na atividade mental dos alunos; motivadoras e estimuladoras da autoestima, além de favorecerem as habilidades voltadas ao aprender a aprender, no sentido de um desenvolvimento cada vez maior da autonomia.
  • E Atividades que, sem serem necessariamente significativas, sejam adequadas ao seu nível de desenvolvimento e permitam identificar seus conhecimentos prévios, além de capazes de provocar um conflito cognitivo na atividade mental dos alunos e estimularem a atenção, favorecendo as habilidades voltadas ao aprender a aprender, no sentido de um desenvolvimento cada vez maior da autonomia.

De acordo com Zabala e Arnau (2014), a necessidade de conceituar o termo competência provocou o surgimento de diversas e, geralmente, complementares definições, apesar das diferenças substanciais em alguns casos. Uma revisão de algumas delas, nos campos profissional e educacional, nos permite reconhecer os aspectos-chave das competências, seja em seu caráter semântico ou estrutural. Uma das definições do termo competência dentro do campo profissional é:
“As competências profissionais definem o exercício eficaz das capacidades que permitem o desempenho de uma ocupação, ou seja, relacionam-se aos níveis requeridos em um emprego. Trata-se de algo do conhecimento técnico, o qual faz referência ao saber e ao saber fazer. O conceito de competência engloba não apenas as capacidades requeridas para o exercício de uma atividade profissional, como ainda um conjunto de comportamentos, capacidade de análise, de tomada de decisão, transmissão de informação, ete., considerados necessários para o pleno desempenho.”
Segundo Zabala e Arnau (2014), a quem corresponde a definição acima?

  • A A OIT (2004).
  • B Tremblay (1994).
  • C INEM (1995).
  • D Le Boterf (2000).
  • E McClelland (1973).
O termo “conteúdo” normalmente sempre foi utilizado para expressar os conhecimentos das matérias ou disciplinas clássicas. Segundo Zabala (1998), os conteúdos de aprendizagem não devem se reduzir às contribuições das disciplinas ou matérias tradicionais. Ou seja, durante o processo de ensino o professor deve considerar 
  • A apenas o que está estabelecido no seu plano de aula.
  • B somente os conteúdos de Matemática, Língua Portuguesa, História, Geografia, Ciências e Artes.
  • C todos os conhecimentos que possibilitem o desenvolvimento das capacidades motoras, afetivas, de relação interpessoal e de inserção social do educando.
  • D somente o que está no livro didático.
  • E apenas os métodos tradicionais de ensino.

Para Zabala (2010), uma perspectiva social da educação tem como finalidade a formação integral e ampla dos sujeitos. Assumir esse modelo formativo exige que os pressupostos sobre a avaliação tenham como objeto os processos de ensino e de aprendizagem. Em relação à avaliação, analise as assertivas abaixo, assinalando V, se verdadeiras, ou F, se falsas.

( ) Se dá de forma atenta às diversidades dos alunos e ao contexto sócio-cultural em que vivem.
( ) Não visa a obtenção de resultados pré-determinados, ainda que se comprometa com princípios de universalização e homogeneização.
( ) Ignora capacidades cognitivas e centra-se no desenvolvimento de outras habilidades e competências dos alunos (tais como, por exemplo, aquelas sociais e criativas).
( ) Favorece o conhecimento de como cada aluno aprende, e assim permite a ampliação das possibilidades de ampliação da qualidade do ensino.

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

  • A V – F – V – F.
  • B V – V – F – F.
  • C F – V – V – F.
  • D F – F – V – V.
  • E V – F – F – V.

Analise o conjunto de sentenças abaixo considerando a interação professor/aluno, conforme Zabala (2010):

No contexto construtivista de ensino, a interação direta entre alunos e professor tem que permitir a este, tanto quanto for possível, o controle cuidadoso dos processos que os alunos e alunas vão realizando na aula. (1ª parte). O controle e uma intervenção diferenciada, coerentes com o que os alunos desvelam, tornam necessária a observação do que vai acontecendo. (2ª parte). Na boa lógica construtivista, parece mais adequado pensar numa organização que favoreça as interações em diferentes níveis: em relação ao grupo-classe, quando de uma exposição; em relação aos grupos de alunos, quando a tarefa o requeira ou o permita; interações individuais, que permitam ajudar os alunos de forma mais específica; etc. (3ª parte).

Quais partes estão corretas?

  • A Apenas a 1ª parte.
  • B Apenas a 3ª parte.
  • C Apenas a 1ª e a 2ª partes.
  • D Apenas a 2ª e a 3ª partes.
  • E Todas as partes.