Questões da Prova do Academia de Polícia Militar do Barro Branco - SP (APMBB) - Aspirante da Polícia Militar - VUNESP (2013)

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A cidadania nos Estados nacionais contemporâneos é um fenômeno único na História. Não podemos falar de continuidade do mundo antigo, de repetição de uma experiência passada e nem mesmo de um desenvolvimento progressivo que unisse o mundo contemporâneo ao antigo. São mundos diferentes, com sociedades distintas, nas quais pertencimento, participação e direitos têm sentidos diversos.

(Norberto Luiz Guarinello, Cidades-Estado na Antiguidade Clássica. In PINSKY, Jaime; PINSKY,

Carla Bassanezi (orgs.). História da Cidadania. São Paulo: Contexto, 2008, p. 29.)


Entre as diferenças que separam o Estado nacional contemporâneo da cidade-estado da Antiguidade, é possível destacar

  • A o aspecto militar, que no passado era considerado parte das responsabilidades particulares de cada cidadão e hoje é um dever do Estado.
  • B a concepção de cidadania, muito mais restrita à época do que hoje, de tal forma que mulheres, estrangeiros e escravos não eram considerados cidadãos.
  • C a política educacional, de caráter público e direcionada a toda a população no mundo antigo, enquanto hoje coexistem instituições públicas e privadas.
  • D a política de reforma agrária, desnecessária no mundo antigo devido à igualdade econômica existente, enquanto hoje é parte importante das políticas sociais.
  • E a questão econômica, àquela época comandada pelo poder público e hoje sob a responsabilidade dos agentes privados, que gozam de grande autonomia.

Observe os mapas 1 e 2 para responder à questão


Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas



As mudanças ocorridas nos territórios representados entre os mapas 1 e 2 estão relacionadas

  • A à reforma protestante, que permitiu aos cartógrafos ampliar os horizontes da representação devido à menor pressão religiosa.
  • B à Revolução Industrial, que levou à expansão do capitalismo e à ampliação das fronteiras da economia mundial.
  • C ao avanço do Iluminismo na Europa, que defendia a abertura do olhar para outros povos e culturas, desbravando novos continentes.
  • D à expansão marítimo-comercial, que fez com que os europeus se deparassem com terras até então desconhecidas.
  • E à retração manufatureira e industrial na Europa, o que levou os europeus a buscarem alternativas econômicas em outras regiões do planeta.

Observe a imagem para responder à questão.



Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas


A obra O banqueiro e sua mulher (1514), de Quentin Matsys, retrata o casal

  • A como membros da nobreza europeia, característica evidenciada pelos trajes, pelo espaço em que se encontram e pela atividade que estão desenvolvendo.
  • B de forma elogiosa, refletindo a mudança de mentalidade europeia em relação às finanças devido às revoluções burguesas ocorridas no início do século XVI.
  • C como representante da avareza, fruto de um contexto em que o empréstimo a juros, o lucro e a usura eram duramente criticados pela Igreja Católica.
  • D de forma crítica, ressaltando o vínculo existente à época entre os banqueiros e os operários, o que levou à luta radical contra o Antigo Regime e a monarquia.
  • E como pessoas simples e pobres, com poucos recursos, em um contexto histórico em que burgueses e camponeses tinham a mesma situação econômica.

Observe as imagens para responder à questão.



Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas



Os três produtos representados nas imagens estiveram relacionados à interiorização da colonização, principalmente entre os séculos XVII e XVIII. O processo histórico que explica essa relação é

  • A a tentativa da Coroa Portuguesa de cultivar tais produtos na região do Maranhão e Grão-Pará, para garantir a Portugal a ocupação de um território historicamente pouco habitado.
  • B a instalação de missões jesuíticas no atual sul do Brasil, o que garantiu a Portugal a posse sobre algumas terras que até então estavam sob o controle da Coroa Espanhola.
  • C o movimento de conquista e desbravamento do interior do Nordeste por vaqueiros e pecuaristas, que cuidavam do gado ao mesmo tempo em que procuravam tais produtos.
  • D a busca incessante dos bandeirantes por algumas riquezas no interior do país, entre as quais as “especiarias tropicais", mais valorizadas no comércio internacional do que o próprio ouro.
  • E a exploração das drogas do sertão ao longo do vale amazônico tanto por jesuítas, preocupados também com a catequiza- ção dos indígenas, quanto por colonos.

Sob qualquer aspecto, a revolução industrial foi provavelmente o mais importante acontecimento na história do mundo, pelo menos desde a invenção da agricultura e das cidades. E foi iniciado pela Grã-Bretanha. É evidente que isto não foi acidental. Qualquer que tenha sido a razão do avanço britânico, ele não se deveu à superioridade tecnológica e científica.
(HOBSBAWM, Eric J. A Era das Revoluções. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1998, p. 45)


Entre as razões para o pioneirismo britânico, é possível citar

  • A a importância que o despotismo esclarecido teve na Inglaterra para a modernização da produção e para o estímulo à industrialização.
  • B a presença de trabalhadores negros escravizados nas cidades industriais inglesas, o que ampliava a margem de lucro dos capitalistas.
  • C a inexistência de colônias inglesas na América, diferentemente de Portugal, França e Espanha, o que incentivou o empreendedorismo inglês.
  • D o cercamento de terras, que levou muitos camponeses a perderem suas terras e os transformou em trabalhadores industriais em potencial.
  • E a irrelevância da produção têxtil inglesa devido à competição que sofria da produção francesa, o que levou a Inglaterra a diversificar a produção.